segunda-feira, 15 de novembro de 2010

A missa explicada por padre Pio

A missa explicada por padre Pio

A missa explicada por padre Pio "Padre Pio era o modelo de cada padre... Não se podia assistir "à sua Missa", sem que nos tornássemos, quase sem perceber, "participantes" desse drama que se vivia a cada manhã sobre o altar. Crucificado com o Crucificado, o Padre revivia a paixão de Jesus com grande dor, da qual fui testemunha privilegiada, pois lhe ajudava, na missa . Ele nos ensinava que nossa Salvação só se poderia obter se, em primeiro lugar, a cruz fosse plantada na nossa vida. Dizia: "Creio que a Santíssima Eucaristia é o grande meio para aspirar à Santa Perfeição, mas é preciso recebê-La com o desejo e o engajamento de arrancar, do próprio coração, tudo o que desagrada Àquele que queremos ter em nós".(27 de julho 1917). Pouco depois da minha ordenação sacerdotal, explicou-me ele que, durante a celebração da Eucaristia, era preciso era preciso colocar em paralelo a cronologia da Missa e a da Paixão. Trata-se, antes de tudo, de compreender e de realizar que o Padre no altar É Jesus Cristo. Desde então, Jesus, em seu Padre, revive indefinidamente a mesma Paixão. Do sinal da cruz inicial até o Ofertório, é preciso ir encontrar Jesus no Getsemani, é preciso seguir Jesus na Sua agonia, sofrendo diante deste "mar de lama" do pecado. È preciso unir-se a Jesus em sua dor de ver que a Palavra do Pai, que Ele veio nos trazer, não é recebida pelos homens, nem bem, nem mal. E, a partir desta visão, é preciso escutar as leituras da Missa como sendo dirigidas a nós, pessoalmente . O Ofertório: É a prisão, chegou a hora... O Prefácio: É o canto de louvor e de agradecimento que Jesus dirige ao Pai, e que Lhe permitiu, enfim, chegar a esta "Hora". Desde o início da oração Eucarística até a Consagração : Nós nos unimos (rapidamente!...) a Jesus em Seu aprisionamento, em Sua atroz flagelação, na Sua coroação de espinhos e Seu caminhar com a cruz nas costas, pelas ruelas de Jerusalém e, no "Memento", olhando todos os presentes e aqueles pelos quais rezamos especialmente. A Consagração nos dá o Corpo entregue agora, o Sangue derramado agora. Misticamente, é a própria crucifixão do Senhor. E é por isso que Padre Pio sofria atrozmente neste momento da Missa. Nós nos uníamos em seguida a Jesus na cruz, oferecendo ao Pai, desde esse instante, o Sacrifício Redentor. Este é o sentido da oração litúrgica que segue imediatamente à consagração. "Por Cristo com Cristo e em Cristo" corresponde ao grito de Jesus: "Pai, nas Tuas Mãos entrego o Meu Espírito!" Desde então, o sacrifício é consumado pelo Cristo e aceito pelo Pai. Daqui por diante, os homens não mais estão separados de Deus e se encontram de novo unidos. É a razão pela qual, nesse instante, recita-se a oração de todos os filhos: "Pai Nosso...". A fração da hóstia indica a Morte de Jesus... A Intinção, instante em que o Padre, tendo partido a hóstia (símbolo da morte...), deixa cair uma parcela do Corpo de Cristo no cálice do Precioso Sangue, marca o momento da Ressurreição, pois o Corpo e o Sangue estão de novo reunidos e é ao Cristo Vivo que vamos comungar. A Benção do Padre marca os fiéis com a cruz, ao mesmo tempo como um extraordinário distintivo e como um escudo protetor contra os assaltos do Maligno... Depois de ter escutado uma tal explicação dos lábios do próprio Padre e sabendo bem que ele vivia dolorosamente tudo aquilo, compreende-se que me tenha pedido segui-lo neste caminho... o que eu fazia cada dia... E com que alegria! Pe Jean Derobert. Palavras do padre Pio Jesus me consolou. Em 18 de abril de 1912, depois de uma luta terrível contra o inferno, a consolação do Senhor me veio depois da Missa: "Ao final da missa, conversei com Jesus para a ação de graças. Oh quanto foi suave o colóquio mantido com o paraíso nessa manhã!... O coração de Jesus e o meu se fundiram. Não eram mais dois que batiam, mas um só. Meu coração tinha desaparecido como uma gota de água se dissolve no mar... - Padre Pio chorava de alegria.- Quando o paraíso invade um coração, esse coração aflito, exilado, fraco e mortal não pode suporta-lo sem chorar...". Ao Pe Agostinho, 18/04/1912, em "Padre Pio, Transparent de Dieu", J.Derobert. Confidências a seus filhos espirituais "Minha missa é uma mistura sagrada com a Paixão de Jesus. Minha responsabilidade é única no mundo", disse ele chorando. "Na Paixão de Jesus, encontrarão também a minha". "Não desejo o sofrimento por ele mesmo, não; mas pelos frutos que me dá. Ele dá glória a Deus e salva meus irmãos, que mais posso desejar?". "A que momento do Divino Sacrifício mais sofreis?". - Da consagração à comunhão." "Durante o ofertório?. - É neste momento que a alma é separada das coisas profanas." "A consagração?". - É verdadeiramente aí que advém uma nova admirável destruição e criação." "A Comunhão? Na comunhão, sofreis a morte? - Misticamente, sim. - Por veemência de amor ou de dor? - Por uma e outra: mas mais por amor." "Sofreis toda e sempre a Paixão de Jesus?". - Sim, por Sua bondade e Sua condescendência, tanto quanto é possível a uma criatura humana. - E como podeis trabalhar com tanta dor? - Encontro o meu repouso sobre a cruz." "Como nós devemos ouvir a Santa Missa?". - Como a assistiam a Santa Virgem Maria e as Santas mulheres. Como São João assistiu ao Sacrifício Eucarístico e ao Sacrificio sangrento da cruz "". Pe. Tarcísio, Congresso de Udine, 1972.

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Que Deus te abençõe!Com amor fraterno.Paz e Bem